sábado, 26 de fevereiro de 2011

Godspeed You! Black Emperor - All Lights Fucked On The Hairy Amp Drooling (1994)



          Um disco excelente! All Lights Fucked On The Hairy Amp Drooling” (K-7, 1994) me impressionou bastante. Atendendo ao pedido sugerido através do “Skribit” este post presenteia qualquer amante de post-rock (e também de uma mescla considerável de estilos) com um excelente registro. Godspeed You! Black Emperor é uma boa banda canadense de Montreal que explorou o rock progressivo, o minimalismo pitoresco, a força (minha opinião está explicitamente baseada no primeiro registro demo)... O som é condensado, muito bem estruturado, sendo uma trilha sonora perfeita para os mais variados conflitos (ex) internos. Lembrou-me logo de cara o Mogway... Natural, por conhecer a banda escocesa anteriormente... Confesso que não conhecia a banda canadense. Daí vem o advento da grande surpresa! Sim, um estalo emocional pela sonoridade de “All Lights Fucked.... Agradeço demais a dica, vou procurar fazer audições dos outros álbuns da banda.

Godspeed You! Black Emperor - All Lights Fucked On The Hairy Amp Drooling (Demo K-7/1994)

01. Sunshine & Gasoline
02. Split 7 - Fly Pan Am
03. World Police
04. Moya
05. Hung Over As The Oven In Maida
06. Sunshine & Gasoline 



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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Radiohead - The King Of Limbs (2011)



                King of LImbs é o novo (oitavo) álbum de catálogo do Radiohead. Não vou me coser a comparações obvias (será possível?), pois percebo que qualquer comparação, no que diz respeito ao Radiohead, soa como uma oração aparvalhada. Simplesmente imaginem uma amarrotada colcha de retalhos. Seus desdobramentos perdem-se em camadas irregulares, pungentes... Reviradas por movimentos mecânicos, sussurros, desejos, e consternação... 
             Esses retalhos e suas elipses, a colcha com suas cores, seus fantasmas, todo esse horizonte divisado... 
            O resultado de toda essa construção se chama: The King Of Limbs. Parece que o Radiohead se manteve no calor (conforto) do seu último trabalho (In Rainbows) com suaves nuances de tempos idos (Amnesiac, Kid A, Hail to The Thief...), todavia, já faz um tempo que eles arrancaram muita gente da zona de conforto dos seus primeiros trabalhos, para arrojar todos em um mundo sombrio de contra-tempos, loops, feedbacks e afins... Não devemos subestimar Thom e sua turma. Digo, é sempre imprescindível fazer mais de uma audição... Perceber o primor e a verdade do trabalho do Radio...  




                                 A árvore que inspirou The Kings Of Limbs. 

           A imagem promo do disco mostra a banda junto ao carvalho milenar (Floresta de Savernake em Wiltshire).

          O disco será lançado em Cd, dia 28 de março, e em Vinil (Edição limitada) dia 9 de maio.

Radiohead - The King Of Limbs (2011)

01. Bloom
02. Morning Mr Magpie
03. Little By Little
04. Feral 
05. Lotus Flower
06. Codex
07. Give Up The Ghost
08. Separator



                                                                   

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

The Associates - Sulk ( 2000 UK 17 Track CD Album)




                 The Associates foi uma daquelas bandas extremamente talentosas do final da década de 70. Banda que de tão surpreendente passou batida... Quero dizer, hoje em dia, pouco (nada) se comenta a respeito. E mesmo essas bandas, que se extraviaram, no horizonte empoeirado do tempo, plantaram um punhado de canções, que florescem na actualidade, tímidas, às vezes, carregadas, nem sempre, de um independente senso pedante. Oriundos de Dundee, Escócia, o som fora timbrado no rótulo Pós-Punk, New Wave, Espacial, Operístico, etc...  
                  O homem a frente da banda chamava-se: Billie Mackenzie. Conhecido por suas performances doidonas, e melodia vocal com uma excelência singular, liderou os Associates do céu ao inferno (Ou vice-versa). Bem, um dos álbuns mais conhecidos da banda, o terceiro de catálogo, chama-se: “Sulk”, lançado em 14 de Maio de 1982, Reino Unido (WEA /Beggars Banquet Records), tendo nova reedição em 2000, com sete faixas bônus pela V2. O disco tem suas chaves de produção (Overdubs de fontes peculiares), ganchos melancólicos, abuso melodioso de Mackenzie, todavia, tudo muito complementar e bem amarrado. 
                 Existe uma serie de especulações a respeito das sessões de gravação, aquela lenda pictórica, que se cria entorno de alguns álbuns durante a historia da cultura pop: “fulano fez algo mirabolante, cantou com uma panela na cabeça, fez pacto com o Mefisto”... Os casos que circundam o Sulk são mais suaves, todavia, coisas relacionadas a pequenos surtos poéticos de Mackenzie. Contudo, apesar do volume fantasioso, algumas dessas histórias, foram realmente comprovadas. O disco foi gravado no Playground Estúdio, com o line-up base em boa forma: Billie Mackenzie (vocal), Allan Rankine (Guitarra, Teclados e outros...), Michael Dempsey – Ex- The Cure (Baixo) e John Murphy (Bateria). 



                   A versão postada aqui é a reedição com faixas bônus da V2. Sulk é um raro tesouro extraviado, um excelente disco de pós-punk, que me remete ao The Cure, e por momentos a uma levada dos Smiths, comportando aquela atmosfera anuviada que boas bandas sustentavam na época. A arte da capa é clássica, assim como o mar surreal de canções. 
                      A banda passou por uma serie de modificações durante os anos, Mackenzie ainda gravou músicas com o nome Associates até 1990. Porem, sem a mão edificante de Rankine não passara de alguns registros que fracassaram (comercialmente), tendo a concentração de seu sucesso permanecido na barra dos primeiros Lp’s. Após um breve ensaio de revival com Rankine em 93, no decurso de sua carreira solo, Billie Mackenzie cometeu suicídio (1997). Enfim a obra está para todos, vale muito explorar, e que a mesma possa ser eterna para todas as gerações vindouras!

The Associates - Sulk (2000 UK 17 Track CD Album)

1.   Arrogance Gave Him Up
2.   No
3.   Bap De La Bap
4.   Glommy Sunday
5.   Nude Spoons
6.   Skipping
7.   It's Better This Way
8.   Party fears Two
9.   Club Country
10. Nothinginsomethingparticular
11. Love Hangover
12. 18 Carat Love Affair
13. Ulcragyseptimol
14. And Then I Read A Book
15. Australia
16. Grecian 2000
17. The Room We Set In Before

http://www.mediafire.com/?khh0eplb7efvfn0


                                              
                                                               



segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

The Dream Syndicate - The Day Of Wine And Roses

                                                                   

No início dos anos 80, surgiu em Los Angeles um movimento musical intitulado Paisley Underground. Bem, esse movimento nada mais era que uma ramificação, como tantas outras, de um dito: Jungle Pop. Considerados herdeiros do espólio do Velvet Underground, as bandas foram catalogadas de Paisley, por certa analogia feita ao tecido “Paisley” (cornucópia oitentista) com o "veludo" do Velvet. Bizarrice a parte, o movimento também sustentava uma serie de outras influências: Neil Young, Gram Parson, The Byrds, Creedence... etc...



The Dream Syndicate... Ativos de 1981 a 1989.


Resolvi postar um dos clássicos do gênero: The Days of Wine and Roses do The Dream Syndicate. Antes eles haviam lançado um Ep “Dream Syndicate” para logo, ainda em 82, lançarem seu debut em Lp. O álbum foi gravado em Los Angeles em Setembro de 1982 e lançado no final desse ano produzido por Chris D. da Ruby Records, que era uma divisão da Slash records. A influência do Velvet Underground é gritante. Todavia, é plausível a presença bem absorvida do Creendence, assim como a do Quicksilver Messenger Service. É muito interessante perceber também os reflexos desse álbum na música de muitos dos grupos surgidos nos anos 80/90 e assim por diante. O Dream Syndicate marcou de forma significativa um grupo de aficionados por canções, mesmo fora do âmbito estadunidense, fazendo simplesmente bem sua lição de casa, guiados pelo noise, feedback do Velvet, galgando seu som aos penedos do som popular destilado por Neil Young, Bob Dylan, etc... "Tell Me When It's Over” é uma canção maravilhosa! Quem não conhece, e se interessa por rock, por favor, conheça... Vamos fazer valer o esforço (e o prazer) desses músicos talentosos...            


The Dream Syndicate: The Day Of Wine And Roses.

1. Tell Me When It's Over
2. Definitely Clean
3. That's What You Always Say
4. Then She Remembers
5. Halloween
6. When You Smile
7. Until Lately
8. Too Little, Too Late
      9. The Days of Wine and Roses