domingo, 30 de janeiro de 2011

Dostoyevsky Forever...

                                


                         Dostoiévski é minha religião! Minha conversão deu-se ao manto de um tempo perdido, através da leitura do tocante “Noites Brancas”. Conheço muitos autores, não sou um estudioso catedrático, simplesmente me agrada o fato de viver entre os livros. Tenho grandes amigos que compartilham do mesmo amor, devoção, e incompreensão, por certas vezes, do próprio sentimento. Gostaria de ser mais claro, todavia, minha compreensão esbarra desorientada no limite ordinário do paladar enciclopédico. Seria muito ocioso lançar na página morta, uma serie de fragmentos biográficos a respeito da vida do autor russo, contudo, tais informações são facilmente encontradas em sites específicos.



Notas de Dostoievski para o capítulo 5 de Os Irmãos Karamázov

                       

                          Nenhum autor viveu tanto sua obra, como Dostoiévski. O sofrimento latente, a síntese do romance polifônico, o verdadeiro povo russo na alma dos mujiques, o grande visionário, a salvação através da beleza. A obra de Dostoiévski foi concebida em meio há um tumultuoso fluxo de acontecimentos degradantes. Enquanto outros autores contemporâneos seus, desfrutavam do sabor cálido da nobreza, Dostoiévski permanecia mergulhado em dívidas, vicio, e sôfrega ausência de recursos. Foi caçado pelas autoridades e por credores, viveu seus dias a margem da dúvida, entre o caos familiar, e o limite da razão. Explorou o limite, perscrutou com sua lanterna anímica as profundezas do coração humano, a essência do povo russo. Por muitas vezes ressaltou o fantástico para alcançar o real.



                    Busto de Dostoievski em seu túmulo no Cemitério Tikhvin

                         
                        No dia 28 de janeiro de 1881, em São Petersburgo, (calendário Juliano) / 9 de fevereiro, o gênio faleceu. A influência exercida pela obra Dostoievskiana alimenta as idéias de diversos autores espalhados pelos quatro cantos do mundo. Sua perenidade mantém firme a filosofia do Idiota, a excelência dos Karamázov... A redenção de Raskólnikov... O amor... O sofrimento... O mergulho no abismo da alma humana. A voz do sangue nunca se calará! Um salve a Dostoiévski!  

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

+ Best Coast!

Opa! + Best Coast! Promessa é divida! Disco cheio, Ep's, Singles...  


      Best Coast/ Wavves (Special Guest: No Joy) - Summer is Forever ( 7", Ltd, Tou) (Split, 2011)

http://www.mediafire.com/?fng6qxyfansrea7


       Jeans Wilder/ Best Coast - Thoug Guys - Up All Nigth (7", Single, Ltd) (Split 2010)






    Best Coast - Far Away b.w Everboby's Gone ( 7", Ltd)





  Best Coast - When I'm With You ( Black Iris 7", 2009)





   Best Coast - Crazy for You (2010)


Maestro Tom Jobim/ O Dia da Bossa/ O Desafinado.

                      


                        Eu gostaria de ter mais intimidade com a música popular brasileira. Todas as manifestações, e a capacidade que um único artista tem de ser um “bandeirante” rítmico, são admiráveis. Não observamos tamanha singularidade em qualquer lugar. Contudo, nem sempre tal exercício se mostra ornado de êxito. Particularmente gosto de fragmentos da música popular, assim como outros sons que me escapam os rótulos. Todavia, um movimento musical que sempre me encantou foi a bossa nova. Não sou um conhecedor pedante do som, mas já escutei discos belíssimos de bossa, o próprio João Gilberto, o Maestro Tom Jobim, o Vinicius e toda uma turma de nomes considerados.  Ontem, 25 de janeiro, Tom Jobim completaria 84 anos de idade, e, por ser o dia do seu aniversário, o governo decretou, lá em 2009, que este seria o “Dia da Bossa Nova”. Bem, minha simplória homenagem, não se dirige ao “Dia da Bossa”, mas sim, ao dia do grande mestre Tom Jobim. Deveríamos agradecer todos os dias pelo incomensurável tesouro que este brasileiro ofertou ao mundo. A poesia, o culto romântico, e tão natural, envolvido por uma tristeza com gosto de lagrima ao ósculo... As melodias... Tudo totalmente impagável! E também, por mais esdrúxulo e paradoxal, que possa parecer, o grande Jobim cantou uma grande máxima, um aforismo, que de popular, passou a freqüentar as rodinhas de rockers, semeada pelos desdobramentos naturais, acabando por atingir, em cheio, indies, alternativos, old/new folks, etc... Que declaram seus medos e amores, conduzidos por uma camada rebelde, nem sempre harmônica, escarrando sua dissonância hereditária, por vezes "make up" proposital. Em 1963 o maestro declarou em canção: “O que você não sabe nem sequer pressente/ É que os desafinados também têm um coração.” Cara que genial! O maestro te liberta! Você pode, com um pouco de bom senso, romper os limites do banheiro, pois é um indivíduo sensível! Eu gravo meu esquema lo-fi, não obstante, tenho um coração, posso subverter uma rebeldia oca, com a beleza de um amor cotidiano... Bem, sandice a parte, um salve ao perene Maestro "Antônio Carlos Jobim the composer of Desafinado plays".




                                                                                                                                               


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Best Coast!


             O Best Coast foi uma das grandes surpresas de 2010. A banda transporta em sua bagagem, um fluxo contagiante de final de tarde litorâneo e garageiro.  É muito agradável apreciar as canções com esse descompromisso talentoso... Tudo passa longe da forçosa cuspidela míope de muitos discursos de bandas por ai; as melodias são fantásticas, todas bordadas em bases de guitar pra lá de simples. Gosto de bandas que exploram acordes batidos, destruindo um mundo de canções existentes, para construírem novos ambientes. Vale muito conferir os Ep’s, a qualidade passeia entre um estúdio de esquina e sonoridades de (semelhante) tascam lo-fi, amalgamado a uma singularidade encantadora. Vale muito conferir!

Ps: Na proxima prometo o disco cheio " Crazy For You" até mais...



Where The Boys Are




                                                 Make You Mine
                                             
                           http://www.mediafire.com/?3pwtypsuldkiiz5#2


Something In The Way





quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

172 anos de Paul Cézanne

*Serio ocioso demais não registrar:

Paul Cézanne estaria completando no dia de hoje, 172 primaveras. Confesso que o google me saudou com tal informação, não obstante, agasalho boas recordações de uma biografia que li a respeito do grande mestre Francês do impressionismo. Uma biografia antiga e severamente ilustrada, que me arrojou por momentos inteiriços, a recordações já obscuras de minha infância. Admirei seus quadros sem qualquer pretensão. Deixava-me conduzir pelo apelo emocional, infantil e volatizado. Unicamente pela beleza que desejava...

*Estranho... Sempre que observo essa natureza-morta, sou acometido por um saudosismo muito extraviado! Tenho a sensação de ter uma lembrança da casa de meu avô paterno... Sendo que eu nunca estive lá... Eu não cheguei a conhecer ele... Que interessante não?



                                                 La Vase Paillé, 1895





                                     Retrato de Louis-Auguste Cézanne,
                                 pai do artista lendo, "L'Evénement"1886. 






  La Maison du Pendu ( A casa do enforcado), 1873. Museu d'Orsay, Paris.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Cat Power - Radio Stream Session Of Brave New World (1998-11-05)

                            


Inicio os trabalhos de transferência de informações do blog, um tanto confuso, um pouco estranho. Contudo, desejo passear entre discos esquecidos, nem tão divulgados, incompreendidos e compreendidos também. Pensei em como inaugurar, compartilhar... ... ... Bem, não sei o motivo, mas, o primeiro artista que surgiu em minha mente foi a Cat power. Tenho uma boa história com a sonoridade implícita da Chan M. Conheci sua música em meados de 2001, mais ou menos por ai... Na época escutei o “Moon Pix", fiquei bem impressionado pela atmosfera do álbum, procurei saber tudo sobre a banda, e fui arrebatado por ela. O disco selecionado no random mental foi o de uma apresentação em uma rádio no mesmo ano do lançamento do Moon Pix (1998). Ainda rolam duas faixas de entrevista para completar o combo. Enfim, o momento era outro, a intenção se diferia, sendo significantemente diversa do que foram as apresentações da Chan, ultimamente em nosso território. O que imperava na época era a angústia... Brumada do dia 22 de setembro, no Sing Sing de Melbourn. Espero que muitos gostem!

01 - Intro
02 - American Flag
03 - Interview
04 - Say
05 - Metal heart
06 - Interview
07 - Cross Bones Style
08 - Naked If I Want You
09 - Back Of Your Head
10 - Nude As The New

http://www.mediafire.com/?bs7kd2bu3vfvq2o#2