quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Maestro Tom Jobim/ O Dia da Bossa/ O Desafinado.

                      


                        Eu gostaria de ter mais intimidade com a música popular brasileira. Todas as manifestações, e a capacidade que um único artista tem de ser um “bandeirante” rítmico, são admiráveis. Não observamos tamanha singularidade em qualquer lugar. Contudo, nem sempre tal exercício se mostra ornado de êxito. Particularmente gosto de fragmentos da música popular, assim como outros sons que me escapam os rótulos. Todavia, um movimento musical que sempre me encantou foi a bossa nova. Não sou um conhecedor pedante do som, mas já escutei discos belíssimos de bossa, o próprio João Gilberto, o Maestro Tom Jobim, o Vinicius e toda uma turma de nomes considerados.  Ontem, 25 de janeiro, Tom Jobim completaria 84 anos de idade, e, por ser o dia do seu aniversário, o governo decretou, lá em 2009, que este seria o “Dia da Bossa Nova”. Bem, minha simplória homenagem, não se dirige ao “Dia da Bossa”, mas sim, ao dia do grande mestre Tom Jobim. Deveríamos agradecer todos os dias pelo incomensurável tesouro que este brasileiro ofertou ao mundo. A poesia, o culto romântico, e tão natural, envolvido por uma tristeza com gosto de lagrima ao ósculo... As melodias... Tudo totalmente impagável! E também, por mais esdrúxulo e paradoxal, que possa parecer, o grande Jobim cantou uma grande máxima, um aforismo, que de popular, passou a freqüentar as rodinhas de rockers, semeada pelos desdobramentos naturais, acabando por atingir, em cheio, indies, alternativos, old/new folks, etc... Que declaram seus medos e amores, conduzidos por uma camada rebelde, nem sempre harmônica, escarrando sua dissonância hereditária, por vezes "make up" proposital. Em 1963 o maestro declarou em canção: “O que você não sabe nem sequer pressente/ É que os desafinados também têm um coração.” Cara que genial! O maestro te liberta! Você pode, com um pouco de bom senso, romper os limites do banheiro, pois é um indivíduo sensível! Eu gravo meu esquema lo-fi, não obstante, tenho um coração, posso subverter uma rebeldia oca, com a beleza de um amor cotidiano... Bem, sandice a parte, um salve ao perene Maestro "Antônio Carlos Jobim the composer of Desafinado plays".




                                                                                                                                               


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